AQUAPOLO é apontado como exemplo de sucesso em Congresso da ABES
A água de reuso é importante para garantir a segurança hídrica no país. Essa visão foi unânime dos participantes de painel no 31º Congresso da ABES, em Curitiba.
A reciclagem de água é uma estratégica para aumentar a disponibilidade hídrica no Brasil. Esse foi o tom das intervenções dos especialistas que participaram do painel: "O reuso de efluentes e seu papel na segurança hídrica", no primeiro dia (18/10) do Congresso da ABES, em Curitiba.
Tibério Magalhães Pinheiro, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Karina Costa Alencar, da Câmara Técnica de Dessalinização e Reuso da ABES, Marcelo da Fonseca, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, e Márcio José, diretor presidente do Aquapolo Ambiental, empresa do grupo GS Inima Brasil, e a moderadora Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, defenderam a priorização da produção de água de reuso para a agricultura, indústria e fins não potáveis como forma de enfrentar as cíclicas crises hídricas que afetam cidades de quase todas as regiões do país. E apontaram como exemplo de viabilidade o Aquapolo Ambiental, que produz água a partir de efluentes domésticos para as empresas do Polo Petroquímico do ABC, para as quais já forneceu 97,5 milhões m³ de água reciclada em nove anos de operação.
“Maior planta de produção de água para uso industrial da América Latina, o Aquapolo tem capacidade de fornecer 1 mil litros de água por segundo”, explicou Márcio José. “Esse volume equivale ao abastecimento de uma cidade com mais de 500 mil habitantes”.
O presidente do Aquapolo informou que a água utilizada pelas indústrias do Polo Petroquímico do ABC custa, em média, 30% menos do que a água potável. “Além da economia, há o ganho em sustentabilidade, uma vez que o volume usado no Polo deixou de ser captado em mananciais que abastecem a população da região”.
Para ilustrar, Márcio José citou frase de Mario Pino, gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskemo, após a crise hídrica de 2014/15, que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo: “Aquapolo não é um fornecedor de água de reuso, mas uma solução de gestão das mudanças climáticas”.
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